A Família Agostiniana Recoleta chama à ação para apoiar a população mais afetada pelas enchentes, num evento climatológico de emergência que ainda não terminou. No Brasil, pode-se colaborar diretamente através de qualquer uma das comunidades agostinianas recoletas do país.
Durante os meses de fevereiro e março, o fenômeno climático “Niño costero” ocasionou grandes enchentes, vítimas fatais e feridos, perda de moradias e de infraestruturas, interrupções na distribuição de água potável e de energia e, nas últimas semanas, a aparição de enfermidades tais como a dengue.
A Família Agostiniana Recoleta abre uma campanha de solidariedade ante uma emergência que ainda não se sabe quando terminará. Trata-se, num primeiro momento, de oferecer apoio face à emergência imediata para, mais tarde, organizar todas as ações possíveis com vistas à recuperação da normalidade e do bem-estar por parte das famílias atingidas.
A paz social viu-se também afetada, dado que, em diversos lugares, a população manifestou-se e reclamou das autoridades pela falta de apoio e pela demora em seu socorro, especialmente nas zonas rurais e em povoações menores.
A Família Agostiniana Recoleta, presente no Peru desde 1939, atua pastoral e socialmente nas regiões assinaladas pelos serviços de emergência como de especial risco (nível 4, em vermelho no mapa que se pode ver na galeria de imagens). Este nível indica que as chuvas ainda não terminaram e poderá haver novos episódios de extrema gravidade, como enchentes, deslizamentos de terra…
Concretamente, pede-se às pessoas que “sejam extremadamente precavidas porque se preveem fenômenos meteorológicos de grande magnitude; estejam atentas, em todo momento, ao desenrolar da situação e sigam as orientações e instruções dadas pelas autoridades”.
Viu-se especialmente afetada a região de Chiclayo (Lambayeque), em que os Agostinianos Recoletos trabalham desde 1967. Desde o início de fevereiro, intensas chuvas de mais de nove horas de duração contínua chegaram a atingir a marca de 24 litros por metro quadrado numa única madrugada. Só na primeira semana daquele mês, contabilizaram-se cerca de cinquenta pontos críticos em que se calculava que o nível da água não baixaria por vários dias.
A inundação de ruas e estradas, o colapso dos sistemas de esgotamento e de distribuição de água potável e de energia, bem como a generalização de emergências em diversos distritos fizeram com que muitas famílias estivessem, durante vários dias, sem receber apoio por parte do Centro de Operações de Emergência Regional (COER).
Sem que parassem as constantes chuvas, em meados de março, produziram-se novos episódios de extrema gravidade que assustaram a população e ocasionaram novos danos generalizados. Não se fala apenas em consequências físicas diretas, mas a população, ao ver-se afetada pelo medo e pelo desespero, colocou-se ainda em situações de risco extremo de vida ao tentar salvar o que lhe restava em termos de moradias e pertences.
No fim de março, ocorreu o primeiro óbito por dengue, enfermidade que apareceu devido à existência de bolsões d’água que permitem a proliferação do seu mosquito transmissor.
Chiclayo, de quase 600.000 habitantes, mostrou-se bastante vulnerável. Na província de Lambayeque, à qual pertence, perderam-se 4.483 moradias, atingindo diretamente a mais de 41.000 pessoas e afetando a quase 95.000.
Em todo o Peru, já se contabilizaram pelo menos 78 mortos, 263 feridos e 20 desaparecidos. Além disso, a cifra chega a 100.000 atingidos de modo direto e a 640.000 de modo indireto por essa anormal temporada de chuvas.
$variable({«type»:»content»,»value»:{«name»:»post_categories»,»settings»:{«before»:»»,»after»:»»,»link_to_term_page»:»off»,»separator»:» | «,»category_type»:»category»}}})$